17 de jul. de 2011

Tecnologias Moveis


Pra quem era aficionado pela ideia de andar por aí com “computadores de bolso” há algum tempo, possuiu Palmtops ou assemelhados, talvez não seja tão fácil perceber que estamos apenas no início da “era da mobilidade. Para definir onde estamos, em termos de história da tecnologia, é preciso perceber que o boom da mobilidade tem apenas dois anos. Aquele tempo em que você carregava o velho PDA no bolso e o colocava online alinhando-o com um telefone celular que servia de modem via infra-vermelho não conta como “era da mobilidade”.
Há uma teoria interessante segundo a qual a história da tecnologia muda drasticamente a cada 15 anos, o que é demonstrado pela observação do nascimento dos primeiros mainframes em 1950, criando um ciclo que seria encerrado com o surgimento dos minicomputadores em 1965. Os minicomputadores teriam preparado terreno para que, em 1980, os microcomputadores marcassem o início da computação pessoal, definindo um ciclo que durou até 1995, quando teve início a era da internet. Bom, a internet definiu tudo o que pensamos sobre tecnologia até 2010, quando iniciamos, finalmente a era da mobilidade.
Não restam dúvidas que as tecnologias móveis definem mercados, comportamentos e devem ditar tendências ainda por mais de uma década. Não é a toa que as maiores gigantes da área de TI concentram esforços nesse mercado, com algumas veteranas chegando um tanto atrasadas. Com a Apple e a Google duelando por hegemonia com o iOS e o Android, a Microsoft tenta se livrar do estigma do Windows Mobile para capacitar seu Windows Phone 7 para a disputa. A Intel assistiu o novo mercado ser dominado pelos processadores ARM, viu a nVidia ganhar holofotes com seus Tegra, e só agora parece estar se mexendo para entrar com força na nova era.
Observando essas movimentações, vendo empresas que foram gigantes em capital e em influência durante os principais momentos da história da computação decidirem, só agora, levar a sério o desafio de encarar de frente o mercado mobile, fica fácil perceber que estamos, de fato, no início de uma era. Se a teoria dos ciclos de 15 anos se confirmar mais uma vez, as tecnologias móveis irão ditar tendências, tanto em hardware, quanto em software, como em serviços, por pelo menos mais 13 anos. Sem contar com os efeitos dessa tendência nos comportamentos, nas maneiras de nos comunicarmos, no tráfego de informações, no jornalismo, na publicidade.
Não é difícil apostar que temos pela frente mais de uma década  onde o mundo da tecnologia será regido pela máxima “mobile comes first” com a qual, em 2010, Matt Brittin, diretor administrativo da Google no Reino Unido, chamou atenção da empresa para as prioridades da nova tendência.
É provável que a corrida pelo desenvolvimento do hardware e dos sistemas operacionais seja extremamente acirrada até 2013 e que, vencida essa etapa, passemos ao período mais estável em que o uso de fato das tecnologias e os serviços oferecidos através dela sejam o grande foco. Enfim, não me cumpre esticar demais essa reflexão porque não tenho vocação para profeta. =P

0 comentários:

Postar um comentário